Para refletir...

“Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se.”Clarice Lispector

domingo, 16 de março de 2014

Interpretação de textos - com gabarito

1.“Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza Porto Alegre, RS Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que

a) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e estilo de linguagem com alto grau de formalidade.

b) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente.

c) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação.

d) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não-padrão da língua e tema construído por fatos políticos.

e) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

3. (Enem 2012)  Leia.

O senhor

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”:

            Senhora:

Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém.

Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim para tratar de senhor, e bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste.

Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.

BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações específicas de uso social. A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:

a) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste”.   
b) “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição”.   
c) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa”.   
d) “O território onde eu mando é no país do tempo que foi”.   
e) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira”.   

4. Essa questão refere-se à compreensão de leitura. Leia atentamente  e assinale a alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas.
 “Não muito remota é a conquista pedagógica que consiste na interpretação psicológica da criança como criança, e não como adulto em miniatura. Até então, a criança tinha sido considerada do ponto de vista do adulto, olhada como um adulto ante um binóculo invertido; aquilo que fosse útil ao inútil para o adulto, igualmente o seria, guardadas as devidas proporções para a criança.”
Segundo o texto,
a) o comportamento da criança é a uma antecipação do comportamento do adulto.
b) atualmente, a pedagogia considera a criança um ser qualitativamente diferenciado do adulto.
c) a pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, tem que reportar-se à infância.
d) para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau, a motivação intrínseca da criança é a mesma que a do adulto.
e) o comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmos tanto para a criança quanto para o adulto.

5. “Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios (...)".
 Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”, o cronista permite-nos concluir que ele vê o mundo como:
a) incompreensível
b) contraditório
c) autoritário    
d) indiferente
e) inatingível


Gabarito:

1.E  Fonte: Francisca Viana  2.A    3. B    4.B

Orações Subordinadas Adjetivas - Exercícios com gabarito

1.Distinga que, pronome relativo, de que, conjunção subordinativa integrante:
( a ) pronome relativo: oração adjetiva
( b ) conjunção integrante: oração substantiva

(   ) Este é um mal que não tem cura.    (   ) Não sabem o que querem.
(   ) Confesso que errei.                         (   ) Não é justo que o magoes.

2. Ponha R para as orações restritivas e E para as explicativas.
a (  ) A mãe, que era surda, estava na sala com ela.
b (  ) Ele próprio desculpou a irritação com que lhe falei.
c (  ) É preciso gozarmos a vida, que é breve.
d (  ) Esse professor de que falo era um homem magro e triste.
e (  ) O vulcão, que parecia extinto, voltou a dar sinal de vida.
f  (  ) A dor que se dissimula dói mais.

3. UNIRIO - Assinale o item em que há uma oração adjetiva.
a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo.
b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso.
c) Perdeste a noção do tempo?
d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando.
e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas.
4. (Etec – 2.º semestre 2009) Considere o trecho para responder à questão.
“Quando falamos, é difícil aprender mais do que aquilo que já sabemos. Mas quando ouvimos em silêncio aquilo que os outros têm a dizer, novos mundos ficam à nossa disposição.” (Charles C. Manz. Felicidade: a escolha é sua. Rio de Janeiro: Best Seller, 2005.)
Em “[...] aquilo que os outros têm a dizer [...]”, as palavras destacadas pertencem, respectivamente, às seguintes classes:
a) pronome relativo, pronome indefinido e preposição;
b) conjunção integrante, pronome relativo e pronome oblíquo;
c) pronome indefinido, pronome adjetivo e pronome demonstrativo;
d) conjunção integrante, pronome indefinido e pronome oblíquo;
e) conjunção integrante, pronome relativo e preposição.
5. (UE PONTA GROSSA-PR) Quando o enterro passou / Os homens que se achavam no café /  Tiraram o chapéu maquinalmente (Manuel Bandeira).                  

A oração que se achavam no café é:
 a) subordinada substantiva objetiva direta;                                         
 b) subordinada adjetiva explicativa
 c) subordinada substantiva subjetiva                                           
 d) subordinada substantiva objetiva indireta
 e) subordinada adjetiva restritiva



Gabarito:

1. (a)      (b)
   (b)      (b)

2. a(E) b(R) c(E) d(R) e(E) f(R)

Fonte: As línguas em foco


3.B   4.A    5.E